(foto: "Flor de lótus", gentilmente cedida por Erica Rosa Allain)
Caí,
E, como todos os outros,
Tive frio, amaldiçoei os ventos
E vi, da rosa pálida nascer
A luz. E cedi, ao riso. Jesus,
Como estou perdido, e como seduz
Seu brilho. Eu sei o quanto pesa
Tua cruz
Sorri, e me diz
Que não errei de casa
Se revelei minhas asas
E auréola. Confie,
Eu quis.
De todas as rosas, desafiou-me,
A mais bela
E me vi perdido. Atou-me
O peito às asas dela
E meu caminho à sua história
Mais infeliz
Cedi, e foi
Por ter caído, que escolhi
Seu caminho e teu abrigo. Eu pus
A faca nos dentes e a corda, e a cruz
Nos bolsos. E meu carinho por testemunha
Troco minhas asas por teu esforço
De esquecer quem te faz mal
Te quero feliz e por tuas unhas, juro
Te abraçar, em cada salto
No escuro. Encontro o teu voo noturno
E sei que , de teu farol e de tuas fotos
Azuis resta uma certeza:
Está se curando...
Ainda tem amor e mágoa em conflito,
Mas te peço um armistício.
Peço-te a mão e a vida inteira
Para que neste hiato possa pousar contigo
Em terreno plano, em braço amigo
No embalo suave de uma canção
Voo noturno (o nome da Rosa)
Dude Santos, sábado, 13 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Comments :
Postar um comentário
deixe aqui sua colaboração e faça este blog valer a pena