e com a palavra...

Sutil e disforme


Vem, vamos viver de aparências,
Brincar na lama e fingir
Que é tudo uma festa de cor e som
E gosto de infância
Vamos maquilar a esperança e viver
Dos sonhos dos outros
Como invasores de corpos
Ter nosso dia de lâmpada a colher
Os insetos

Vamos fingir que o futuro é certo
E que ninguém vai morrer
Daqui posso ouvir o mar tocando as pedras
E dá uma tremedeira nas pernas
Pensar em perder alguém
(Mais uma vez!)

Onde será que o amor dorme
Nesse meu sonho silente e disforme?
Quem sabe embaixo, por dentro ou atrás
Do teu sorriso infinito...
Diariamente matamos nossos próprios
Mitos. Aos gritos!
Será que faz diferença
Querer fazer parte e viver
De aparências?

Faz parte do jogo, é a mesma ciranda
De novo!
Mesmo filme, a pipoca e o circo
Vamos voltar e andar
Em círculos
É hora de curar o vício
Fingir que saímos do lixo
O resto é real, sem pressa
A verdade é vulgar
Não nos interessa

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