e com a palavra...

Toca, Raul!


Não, ele não era o diabo. Apesar de, segundo a sabedoria popular, o antagonista divino não possuir beleza semelhante à sua fama ou sequer às suas representações pictóricas. Mas esse baiano ilustre e maldito possuía e (ainda possui, porque não?) todas as qualidades para assumir a paternidade, tanto legal quanto simbólica, do rock brasileiro.
Pode não ter sido seu divulgador inicial, mas, foi quem melhor disseminou seu espírito livre e atestou sua perenidade nestas bandas. Ele deu os toques. Configurou essa máquina complexa, apesar dos seus três ou quatro riffs habituais.
Raul foi o extrato mais puro desse gênero musical, social e estético na terra dos papagaios. Foi ao trono mesmo que tardiamente, pois ainda passeia livre e vivo na mente de seus fiéis discípulos.
Não é difícil ver conjuntos por aí, recém saídos das garagens, dos playgrounds, dos cueiros, se dizerem inovadores. Precursores de determinado movimento. Responsáveis por misturar uma coisa com outra.
Ora, não foi Raulzito quem primeiro uniu o baião de Luís Gonzaga com o rockabilly de Elvis e Little Richards? E mostrou que o brega e o blues são almas gêmeas?
A esses engenheiros da obra alheia só vale aplicar um conselho do Sr. Seixas, pois ainda há tempo de tomar o rumo certo e a famosa vergonha na cara: não pare na pista, é muito cedo pra você se acostumar...

Balão de oxigênio (uma estante velha, vinis, livros e uma vaga lembrança da infância)


Outro dia estava realocando os livros e outros objetos na estante do quarto. Mudando de lugar para melhorar a vista, mexer um pouco na paisagem. Fiquei um tanto surpreso ao encontrar entre meus vinis uma coleção quase completa da Turma do Balão Mágico (sim, vinis e balão Mágico, isso além de acusar a idade de alguém demonstra que, além de ‘velho’ o cara foi uma dessas crianças que travavam – e creio que ainda o fazem hoje em dia – verdadeiras batalhas com os pais por um objeto ‘da moda’. Quase sempre vencendo a tal guerra. Minha mãe é uma santa!
Vinis tudo bem, não me causaram espanto por serem VINIS. Os amo até hoje, mas surpreendi-me ao lembrar que sabia de cor todas as letras daquele grupelho infantil. As principais formações e lembrava até do clipe onde a menininha (tá, era a Simony, eu lembro, confesso!) aparecia banguela e cheia de sardas.
Perdi muito tempo entre as recordações e a arrumação da estante atrasou. Vale lembrar que o referido móvel ainda carece de preciosos títulos. O consolo vem de uma frase (não sei o autor) reproduzida por uma professora certa vez: não se apresse, pois você nunca lerá todos os livros do mundo, nem se tentar com afinco. É verdade, mas tentar é uma ótima terapia.
E a coleção de discos sofreu uma baixa muito sentida há algum tempo, graças a um impiedoso ataque de cupins (detalhe: eles detonaram as capas, mas conseguiram, com isso, estragar os discos). Talvez eles não curtissem Beatles, Plebe Rude ou Novos Baianos. Vai ver só gostavam do Balão Mágico mesmo, soube que eles não vivem muito, a não ser que a rainha... bem , não vem ao caso agora. Também é possível considerar o contrário. Às vezes tentamos (vez ou outra até conseguimos) devorar aquilo (ou quem) que amamos.
Dos livros, apesar de me queixar sempre da falta de alguns essenciais, devo dizer que a fila da leitura ainda ocupa um andar (prateleira) inteiro. Vinte e quatro horas não têm sido suficiente para a chuva de informação que este mundo tosco e belo oferece – jornal (impresso e on-line), revistas, textos obrigatórios (e às vezes chatos) da faculdade, o noticiário esportivo essencial, meus livros de interesse pessoal e os de cunho profissional – e ainda perder umas horinhas dormindo. Aliás, aí está uma coisa que deveria ser opcional – o sono.
Enfim...
Ainda bem que, entre uma recordação e outra ainda posso sentar na poltrona, segurar uma xícara de café e ouvir o Brian Setzer dedilhar suavemente na guitarra os primeiros acordes da quase perfeita “I won’t stand in your way”. E felizmente não preciso, como ele, chegar ao ponto de finalizar com “anymore”. Pelo menos não enquanto os dias da agulha do toca-discos não chegarem ao fim.

Sobre RT ( re - tweet = resposta a um tweet)

Fragmento extraído do blog "dicas blogger", texto de Juliana Sardinha, do dia 17 de Junho de 2009.

No texto a autora explica o que é re-tweet contando um caso (um mal entendido, mas já explicado) de um asunto levantado por uma amiga, ao qual houve a necessidade do uso deste recurso.

"O motivo deste post é para explicar melhor aos novatos as funções do RT ( ou re-tweet ) e também para alertar os veteranos sobre possíveis mal-entendidos(...)."

"Cada vez que escrevemos algo no Twitter, estamos twittando ( ou tuitando, tanto faz). Um post lá é chamado de Tweet, então um RT é um re-tweet. Quando achamos algo interessante, relevante, engraçado, super fofo e etc, re-tuitamos para que os nossos seguidores também possam ter acesso àquela informação, já que os usuários normais e que não usam scripts não seguem todo mundo. É uma forma também gentil de passar uma notícia pra frente, mantendo os devidos créditos. "

Em determinado ponto, Juliana alerta:

"Um cuidado que devemos tomar é evitar ao máximo alterar o conteúdo original na hora de re-tuitar. Outro dia notei que mudaram uma palavra chave de um tweet meu, o que alterava bastante o sentido. Abreviar sim, mudar não. Caso a gente queira e tenha espaço para isso (afinal são apenas 140 caracteres), podemos colocar em parênteses a nossa opinião."