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Chuvas em Salvador prejudicam população

As chuvas que castigaram Salvador nas ultimas semanas deixaram um rastro desagradável. Houve desabamentos e deslizamentos de terra em vários pontos da capital, carros ficaram submersos e, por enquanto, a Defesa Civil informa que já contabilizou 4.721 desabrigados, cerca de mil famílias, e que quase a metade é constituída por crianças de até 15 anos. Informa também que a média de ocorrências fica por volta de nove a dez casos por dia. Não se esquecendo de mencionar que a soma das ligações informando problemas relacionados à chuva chega a 150 diários.
A população tem sido sucessivamente prejudicada pelos efeitos colaterais das mudanças climáticas. Os problemas vão desde o teste de paciência de ter que esperar até 2 horas por um ônibus, o que, geralmente, ocasiona atrasos para se chegar aos locais de trabalho e nas instituições de ensino; os congestionamentos intermináveis cada vez mais comuns na cidade; até os casos onde é colocado em risco tanto o patrimônio quanto a vida dos cidadãos.
Juliane Barbosa estuda enfermagem em uma faculdade próxima à Av. Luís Viana Filho, e enfrentou alguns problemas para conseguir chegar à aula: “como a chuva já se estendia desde a madrugada pedi carona ao meu pai, achando que seria mais fácil chegar, mas, tivemos alguns problemas com os engarrafamentos e, por pouco o nosso carro não ficou atolado naqueles rios que se formam no meio da rua. Cheguei atrasada e, graças a Deus a atividade marcada tinha sido cancelada, pois a sala não tinha nem a metade dos alunos”, conta.
Trabalhando há cerca de cinco anos em frente ao shopping Iguatemi, Jennifer Pereira dos Santos tem motivos de sobra para se preocupar. “Com o tempo assim o povo não compra nada! O movimento é quase igual, por que o pessoal que trabalha no shopping tem de vir, mas, as vendas caem e a gente fica sem trabalhar mesmo. A única vantagem é que o material (isopor com refrigerantes e cervejas e caixinha para balas e cigarros) não se perde, por ser fácil de carregar, no entanto, nada é vendido”, diz a vendedora.
A chuva, que já atrapalha, e muito, a vida dos donos de lojas, prejudica ainda mais quem não tem garantias e trabalha por conta própria. “Trabalho há mais de oito anos aqui e sempre é a mesma coisa: começa a chover e não sai mais nada. Quem me salva é o pessoal que trabalha por aqui e compra, por que já estão na área mesmo”, informa o pipoqueiro Hamilton de Almeida Lima, que atua com seu carrinho entre a prefeitura e a Câmara Municipal de Salvador. “Não tem jeito, chove e a gente tem que segurar o prejuízo. Só com o tempo bom que as coisas funcionam direito”, conclui.
Segundo nota postada no site do jornal A Tarde em 21 de maio, uma nova frente fria avança rapidamente pelo litoral da região sudeste do País e a partir desta sexta-feira (22/05) chega à Bahia. De acordo com a informação esta situação ainda pode se estender por mais sete dias.

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